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Poema DEVANEIOS REAIS

  • Alexandre Félix
  • 21 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

Ainda sinto minha língua Passeando entre seus dedos Um banquete servido, sorvido Cada espaço, lambido Lambidas famintas Pupila dilatada Língua molhada Profanada pelo prazer Cada pedaço de mãos, pés Todos deliciosos Maravilhosa provisão de carne Sabores, odores, tremores Escuto sons que deslizam É o ruído da minha saliva Escorre quente, pungente, recorrente Seu gosto...eu gosto! Servido assim, roçando os dentes!


Duda França 21/04/2020

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