NUNCA DIGA "PARA SEMPRE": nem por morte, nem por doença!
— Ela foi embora! Acabou! Nunca mais entrego meu coração a ninguém! Vou ficar sozinho para sempre... — disse o moribundo, doente de amor.
Ao que o sábio constatou o veredicto apressado do coração desenganado:
— "Para sempre" é tempo demais. A vida é muito curta para sentenciar-se às emoções efêmeras onde o essencial não se faz no fugaz. Num segundo, a ventania sopra e sonhos são vivificados. De repente, ossos secos da desesperança são cobertos por carne e sangue e um novo rosto torna-se a sua nova paisagem. E o amor bate de novo à porta do coração que cedo se trancou.
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